Conforme amadurecemos ficamos mais capazes de nos sentirmos felizes e satisfeitos com o que já temos e com o que somos.
Uma pesquisa, realizada por economistas da Dartmouth College, nos Estados Unidos, e da Universidade de Warwick, na Inglaterra, descobriu que os níveis de bem-estar ao longo dos anos teriam um formato em U –mais altos por volta dos 20-25 anos, decaindo conforme nos aproximamos dos 30 e 40 anos (sendo que o ponto mais baixo se daria, em média, aos 46 anos), e voltando a subir depois dos 50.
Outro estudo realizado na Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos, e publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, encontrou resultados similares: o estresse e a raiva, considerados indicadores negativos de bem-estar, tinham seu ápice justamente aos 50 anos, e, a partir dessa idade, passavam por um forte declínio. Já os níveis de felicidade e satisfação começavam a subir por volta dos 54 anos e tinham seu ápice aos 70. Ainda segundo a pesquisa, o nível de estresse era mais alto entre os 22 e 25 anos, abaixando progressivamente até chegar no seu nível mais baixo aos 82 anos.
Um ponto que pode explicar a curva em U é a própria ideia de felicidade, que costuma ser diferente nas várias fases da vida. Para os mais jovens, geralmente, ela está mais vinculada àquilo que possuímos e à aparência que mostramos para os outros. Por isso, a felicidade nesta fase tende a ser fugaz e de curta duração.
Conforme amadurecemos, no entanto, ficamos mais capazes de nos sentirmos felizes e satisfeitos com o que já temos e com o que somos. Há menor preocupação com a imagem e com agradar aos outros. Isso não quer dizer que os problemas não existam, mas que a experiência de vida nos deixa mais resilientes, ou seja, melhora a capacidade de adaptação.
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